O que Deus e a igreja pensam a respeito?
"P" cresceu em uma familia cristã. Seus pais sempre foram muito envolvidos nas atividades da igreja. Assim,desde de cedo,"P" também foi se envolvendo com um coral de crianças e outras atividades. Tinha espirito de liderança e logo foi chamado para dirigir e participar de diversas atividades na igreja,mesmo sendo bem jovem. Os anos se passaram e "P" começou a estranhar quando os amigos se mostravam interessados e "ligados" nas garotas,falando do corpo delas,do quanto eram atraentes,etc. Mas isso não acontecia com ele. Muito pelo contrário,chamavam-lhe mais atenção os músculos de alguns garotos, suas conversas e alguns até mesmo o atraíam e o faziam sentir algo diferente.
Conforme foi se dando conta dessa diferença de interesses,"P" foi se assustando. Como ele, um dedicado jovem cristão, poderia ter esses interesses? Passou a orar muito para se apaixonar por alguma garota, para parar de ter sentimentos diferentes por outros rapazes, e nada acontecia. Mas "P" estava determinado a não ser homossexual. Nos seis anos seguintes, ele lutou contra isso. Tinha medo, vergonha, não queria perder o amor de Deus, mas o sentimento parecia mais forte do que ele, não ia embora e ele mantinha essa enorme luta interior sozinho. Tinha medo de estar com outros jovens. Seu trabalho na igreja perdeu o brilho. Em alguns momentos, ficava muito deprimido e pensava até em morrer. Tentou namorar meninas, mas não se sentia à vontade, ou melhor, não sentia nada e, às veses, só conseguia beijá-las quando pensava em algum rapaz. Ele orou e rededicou a Deus várias vezes. Envolveu-se nas atividades da igreja. Finalmente, em grande desespero, foi conversar com o pastor da igreja.
O pastor o ouviu atentamente e com amor, e mostrou a ele diversas passagens bíblicas que condenam a homossexualidade e o orientou no sentido de que precisava deixar de acariciar esse pecado o mais rápido possivel. O Pastor orou com ele e disse que, se ele orasse mais e tivesse mais fé, Deus poderia livrá-lo "dessa coisa" .
"P" acreditou no pastor e passou a orar por livramento. Ele acreditava no poder de Deus. Reconsagrou-se mais uma vez a Deus. Ele tinha certeza de que Deus não deixaria de atender sua oração e o faria gostar de mulheres. Ele queria sinceramente mudar; entendia a prática homossexual como pecado; sabia que Deus não o deixaria pecar. Mas nada aconteceu com os seus desejos.
Finalmente, ele foi conversar com os pais. Eles ficaram desesperados, choraram, clamaram, o acusaram de desgraçar a familia perante todos, mas quando se acalmaram conseguiram olhá-lo com mais amor. Eles também disseram que se ele orasse tudo ficaria bem; Deus o livraria dessa maldição. Oraram com ele. Nada aconteceu.
Por fim, "P" procurou ajuda profissional. Sua angústia por sentir-se "abandonado'' por Deus era imensa. O profissional buscou assegurá-lo logo de início de que suas orações não atendidas por mudança não significavam que Deus o havia abandonado.
O que é a homossexualidade?
Homossexuais sentem atração por pessoas do mesmo gênero. Mas essa atração não se llimita a sexo. Seu apego, sua realização afetiva também é voltada para essas pessoas. Alguns homossexuais (neste artigo, me refiro tanto a homens como a mulheres) vivem longos relacionamentos com um só parceiro. Outros preferem ficar independentes e agrupam-se como uma familia: saem juntos, jantam, viajam, se reúnem com os amigos também homossexuais. Outros preferem a solidão, com contatos sexuais esporádicos. Há ainda aqueles que, por não concordarem com seus desejos, adotam uma vida de celibato. É importante esclarecer que a homossexualedade, contrariamente ao que alguns pensam, é diferente de pedofilia; homosssexuais não ficam atrás de criançinhas, eles querem parceiros para desenvolver uma relação entre dois adultos.
Estudos sobre sexualidade apresentam a sexualidade numa escala variante. A maios parte das pessoas seria exclusivamente heterossexual, alguns (1%) seriam exclusivamente homossexuais, e outros (talvez em torno de 3 a 4%) viveriam diferentes graus de apego hetero-homossexual e variam suas escolhas , podendo desenvolver maior ou menor controle na direção de uma dessas posições. As pessoas que são exclusivamente homossexuais, como "P" , nunca desenvolvem um apego heterossexual normal. Assim, para esse 1%, os esforços para mudar a orientação sexual são praticamente inviáveis. Grupos de mudança, técnicas de psicoterapia não teriam efeito para mudar sua orientação sexual.
A pessoa nasce homossexual? Vira homossexual? Como isso acontece? Através de várias pesquisas, pode-se observar que não foi encontrada uma única resposta para a razão da homossexualidade. O que se vê é a atuação de vários aspectospresentes no momento do desenvolvimento da orientação sexual da pessoa. A orientação sexual indica o gênero (masculino e feminino) pelo qual uma pessoa se sente preferencionalmente atraida fisica e/ou emocionalmente. Essa orientação pode ser:assexual,bissexual,heterossexual ou homossexual.
A homossexualidade deixou de ser considerada doença mental nos Estados Unidos em 1973, e pelo CID(Classificação Internacional de Doenças) da Organização Mundial da Saúde em 1993. Os transtornos de identidade de gênero que englobam travestir, hermafroditas e transexuais, permanecem classificados na CID-10, considerando que, nesses casos, terapias hormonais e/ou cirurgia de redesignação de sexo são, algumas vezes indicadas pela medicina.
A Igreja Adventista e a homossexualidade
A Igreja Adventista reconhece que cada ser humano é precioso à vista de Deus. Por isso, buscamos ministrar a todos os homens e mulheres no espirito de Jesus. Cremos também que, pela graça de Deus e com o apoio da comunidade da fé, uma pessoa pode viver em harmonia com os princípios da Palavra de Deus.
Os Adventistas creem que a intimidade sexual é apropriada unicamente no relacionamento conjugal em homem e mulher. Esse foi o desígnio estabelecido por Deus na criação. As Escrituras declaram: "Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne" (GN 2:24). Esse padrão hetrossexual é confirmado em toda a Escritura. A Biblia não faz ajustes para incluir atividades ou relacionamentos homossexuais. Os atos sexuais praticados fora do círculo do casamento heterosseuxual estão proibidos (LV 20:10-16);(Rm 1:24-27);(1Co 6:9,10). Je sus Cristo reafirmou o propósito da criação divina quando diisse: "Não tendes lido que o Criador, desde o princípio, os fez homem e mulher e que disse: Por esta causa deixará o homem pai e mãe e se unirá a sua mulher, tornando-se os dois uma só carne? ... Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem"(Mt 19:4-6). Por esse motivo, os adventistas do sétimo dia opõem-se às práticas e relacionamentos homossexuais.
Os adventistas empenham-se por seguir a instrução e o exemplo de Jesus. Ele afirmou a dignidade de todos os seres humanos e estendeu a mão compassivamente a todas as pessoas e familia que sofriam a consequência do pecado. Desnvolveu um ministério solícito e proferiu palavras de conforto às pessoas que enfrentavam dificuldades. Mas fez distinção entre Seu amor pelos pecadsores e Seus claros ensinos sobre as práticas pecaminosas.
Esta declaração foi votada em 3 de outubro de 1999, durante o Concílio Anual da Comissão Executiva da Associação Gera, realizado em Silver Spring, Maryland.
Algumas pessoas percebem que são diferentes ainda na infância. Outros homossexuais admitem sua orientação sexual quando são adultos, depois de terem vivido algumas experiências em relacionamentos heterossexuais, inclusive em casamentos, nos quais, em geral, foram muito infelizes.
Teorias psicológicas em relação aos fatores que determinam a orientação sexual de uma pessoa são as mais conhecidas, e baseiam muito de suas explicações no tipo de relacionamento que se desenvolve entre a criança e os pais. Por outro lado, as teorias cultururais colocam a sociedade e a cultura como grandes influenciadoras da orientação sexual da pessoa.
Diversos estudos mostram qua a orientação sexual é definida na infância, e também têm procurado agregar aspectos biológicos e genéticos ao seu desenvolvimento. Por exemplo, um recente estudo sueco traz novos elementos para a discussão a respeitoda base biológica da orientação sexual. A neurologista Ivanka Savic,de Estocolmo, observou que, em resposta a um hormônio masculino, cérebro de mulheres heterossexuais e de homens homossexuais responde de forma similar, e da mesma forma há semelhanças na ativação de regiões cerebrais de homens héteros e mulheres homossexuais em resposta a um hormônio feminino. As teorias genéticas, que têm evoluído muito graças ao desenvolvimento tcnológico das pesquisas, apontam para uma possível influência genética no estabelecimento da orientação sexual.
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